sexta-feira, 22 de novembro de 2013

obra concluída



   Diz-se já de uma forma mais ou menos comum que uma imagem vale por mil palavras, e decerto que em geral isso tem lógica, mas, como é que a imagem reporta o seu surgimento? De onde, ou, por quem concebida? Ainda que a questão não seja assim tão relevante, uma vez que a própria imagem posteriormente se torna o seu próprio símbolo e não tanto importante a sua origem mas, a fonte energética que a cria será sempre responsável por essa criação para o melhor ou pior desse surgimento.
-É precisamente no ato dessa laboração que muita ou pouca coisa se passa em relação ao que está a ser feito e ao que irá ser a simbologia. Para-se, olha-se, avança-se, recua-se e por vezes nada. Mas eis que surge um chamamento aqui e pronto; bem, lá aparece algo que embora não seja afinal tão relevante o poderá a vir ser num outro surgimento conjugável. E não se trata de sinceridade ou honestidade por tudo se encontrar implícito na fonte criadora! Mas que conjugalidade arranjar para um seguimento lógico, rumo ao objetivo de uma coordenação que fale a sua verdade a bem da estética de uma imagem que no caso terá de surgir do nada, ou melhor, da semente abstrata utópica e inexplicável, de uma beleza que nunca se imaginou existir nem mesmo durante a laboração, com vista a um encontro conveniente?
  Assim é que uma imagem nasce e se concretiza na sua tentativa de genialidade utópica que perdure através do tempo, sempre surpreendente e faladora de si própria, sem qualquer complexo de extemporaneidade.

                                                                                                                 José Isidro

FICHA TÉCNICA
sem título
200x100cm
acrílico e pastel de óleo sobre tela

quarta-feira, 31 de julho de 2013