quarta-feira, 23 de setembro de 2015

UTOPIA



UTOPIA:
Imaterial, inconsistente, inexistente de si própria, apenas uma apelidada e nada mais, sem rumo a um corpo, mas uma grande alma pronta para qualquer corpo que a possa aceitar em constituição própria, pois como inexistente em consistência resiste todo o tempo necessário volátil, sem ânsia de se instalar num corpo hospedeiro, por não necessitar de tal, uma vez que ao não existir consistente persiste inalterada e inalterável, sempre com a mesma inconsistência, despreocupada com qualquer opinião a seu respeito, por assim ter de inexistir, não se sentindo útil nem inútil, porque não supera nem é superada na sua permanente passividade!
-Porém, eventualmente hospedada pelo corpo hospedeiro, logo se torna imprevisível, pois não permite qualquer inércia ou comodismo do já visto, por não se compadecer com a falta de tomada decisiva de acção inovadora pelo quase, ou mesmo nunca visto, em exigência própria de métodos inventados e experimentados sob o risco constante em permanência de um arriscar inconsequente, contudo sempre objectivando bom resultado em atingir o quase; ou preferido nunca visto, por meio de um pensamento mais lógico!(...).
-Tenta conseguir benefício prioritário, ainda que de todo não possível pela falta de consistência, uma vez a perfeição absoluta ser inatingível, mas necessariamente perseguida em toda a sua inexistência consistente, por antagonismo à existência consistente da mediocridade, que solta no seu comodismo se revela um estorvo à busca de lógica para um pensamento que se quer livre, num curso em procura constante de resultado plausível criador de entusiasmo!, só possível ser encontrado na entre-falha da inconsistência utópica, onde a mediocridade nunca chegou, nem chegará a permitir, na sua falha consistente!.

José Isidro

   40x40cm | s/ título | acrílico s/ tela