Diz-se já de uma forma mais ou menos comum que uma imagem vale por mil
palavras, e decerto que em geral isso tem lógica, mas, como é que a imagem
reporta o seu surgimento? De onde, ou, por quem concebida? Ainda que a questão
não seja assim tão relevante, uma vez que a própria imagem posteriormente se
torna o seu próprio símbolo e não tanto importante a sua origem mas, a fonte
energética que a cria será sempre responsável por essa criação para o melhor ou
pior desse surgimento.
-É precisamente no ato dessa
laboração que muita ou pouca coisa se passa em relação ao que está a ser feito
e ao que irá ser a simbologia. Para-se, olha-se, avança-se, recua-se e por
vezes nada. Mas eis que surge um chamamento aqui e pronto; bem, lá aparece algo
que embora não seja afinal tão relevante o poderá a vir ser num outro
surgimento conjugável. E não se trata de sinceridade ou honestidade por tudo se
encontrar implícito na fonte criadora! Mas que conjugalidade arranjar para um
seguimento lógico, rumo ao objetivo de uma coordenação que fale a sua verdade a
bem da estética de uma imagem que no caso terá de surgir do nada, ou melhor, da
semente abstrata utópica e inexplicável, de uma beleza que nunca se imaginou
existir nem mesmo durante a laboração, com vista a um encontro conveniente?
Assim é que uma imagem nasce e se concretiza na sua tentativa de
genialidade utópica que perdure através do tempo, sempre surpreendente e
faladora de si própria, sem qualquer complexo de extemporaneidade.
José Isidro
FICHA TÉCNICA
sem título
200x100cm
acrílico e pastel de óleo sobre tela
1 comentário:
muita parra .pouca uva
zé carlos
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