UTOPIA:
Imaterial,
inconsistente, inexistente de si própria, apenas uma apelidada e nada mais, sem
rumo a um corpo, mas uma grande alma pronta para qualquer corpo que a possa
aceitar em constituição própria, pois como inexistente em consistência resiste todo
o tempo necessário volátil, sem ânsia de se instalar num corpo hospedeiro, por
não necessitar de tal, uma vez que ao não existir consistente persiste
inalterada e inalterável, sempre com a mesma inconsistência, despreocupada com
qualquer opinião a seu respeito, por assim ter de inexistir, não se sentindo
útil nem inútil, porque não supera nem é superada na sua permanente
passividade!
-Porém,
eventualmente hospedada pelo corpo hospedeiro, logo se torna imprevisível, pois
não permite qualquer inércia ou comodismo do já visto, por não se compadecer
com a falta de tomada decisiva de acção inovadora pelo quase, ou mesmo nunca
visto, em exigência própria de métodos inventados e experimentados sob o risco
constante em permanência de um arriscar inconsequente, contudo sempre
objectivando bom resultado em atingir o quase; ou preferido nunca visto, por
meio de um pensamento mais lógico!(...).
-Tenta
conseguir benefício prioritário, ainda que de todo não possível pela falta de
consistência, uma vez a perfeição absoluta ser inatingível, mas necessariamente
perseguida em toda a sua inexistência consistente, por antagonismo à existência
consistente da mediocridade, que solta no seu comodismo se revela um estorvo à
busca de lógica para um pensamento que se quer livre, num curso em procura
constante de resultado plausível criador de entusiasmo!, só possível ser
encontrado na entre-falha da inconsistência utópica, onde a mediocridade nunca
chegou, nem chegará a permitir, na sua falha consistente!.
40x40cm | s/ título | acrílico s/ tela
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